21.5.22

SEM SAÍDA




Minhas paredes são feitas de ausências

onde reinvento a imponderável vida

e me adapto à trajetória do tempo.

Quando a noite chega

escurecendo o solo árido

da existência física

vejo antigos fantasmas

a perambular no umbral do silêncio.

Calo a fome da alma

e determinada tranco as portas da casa

com a força dos meus punhos em brasa.


Shirley Brunelli Crestana





2 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de paz,querida amiga Shirley!
Que intensidade e percepção da realidade que impressiona!
Parabéns por expressar poeticamente o que sentimos na pele!
Tenha uma nova semana abençoada de paz!
Beijinhos com carinho fraterno

Jorge Sader Filho disse...

Querida Shirley, solidário e admirei seu jogo de palavras!
Beijo,
Jorge